Dilemas da vida acadêmica

 E então eu consigo concluir mais um trabalho que demorei cerca de 4 meses, 6 dias por semana, 7 horas por dia, envio para uma revista, recebo uma avaliação e ele será publicado! Não há nada mais gostoso que esse sentimento de finalização, quando ele chega, mas ocorre que nem sempre é assim, às vezes eu trabalho num artigo por meses, e na primeira avaliação é devolvido com inúmeras alterações, e preciso praticamente reescrevê-lo, e depois submeter novamente e esperar o processo. Tudo isso faz parte da dinâmica da pós, porque no mestrado também é assim. Fazer isso uma vez seguida da outra, e da outra, e da outra, cansa. Recentemente, eu tive um trabalho corrigido e devolvido para que eu fizesse as alterações, mas o cansaço e a sobrecarga de trabalho está tão grande, que eu simplesmente perdi o prazo da revista, mesmo tendo sido aprovado, eu não consegui fazer alterações e perdi o prazo, e nem me sinto culpada dessa vez, porque realmente não teve como fazer. Ando negando qualquer trabalho extra, para conseguir dar conta de todas as exigências, normas e conteúdos. Não é fácil, confesso que tem dias que encaro os livros e o computador, e não consigo nem formar frases de tão desgastada que me sinto, mas me lembro porque comecei essa jornada, porque ela era meu sonho, me lembro da tese, do resultado final, e continuo seguindo, mesmo que em alguns dias com passos bem pequenos e lentos, mas não paro, não parei ainda, e pretendo não parar, porque apesar de muito difícil, não valorizado e desgastante, a vida acadêmica é encantadora, todo dia eu aprendo algo diferente, conheço pessoas, ideiais e histórias que me enchem de esperança e vontade de melhorar sempre. Enfim, é em Jesus que encontro alívio e força para não desistir dos meus sonhos e continuar essa jornada, que está me fazendo uma pessoa melhor, ainda que seja extremamente árdua em alguns momentos, vale a pena. 

abraços literários,

Denise.