Série: O que é ser uma pesquisadora? - Isabella Castro

Hoje a convidada a falar sobre o que é ser uma pesquisadora no Brasil, é a Isabella Castro, uma pessoa linda que tive a honra de conhecer enquanto eu estudava na Universidade Estadual de Goiás-campus Morrinhos, ela é nada menos que:

Bióloga licenciada pela Universidade Estadual de Goiás (UEG)campus Morrinhos - GO
Atuou como bolsista egresso no Projeto “Estações Ecológicas Municipais de Turvo: Levantamento da biodiversidade, indicadores ecológicos de qualidade e intervenção socioambiental em comunidades do município” na Universidade Estadual do Centro-oeste (UNICENTRO) – campus Guarapuava – PR; atualmente mestranda no PPG – Ciências Biológicas (Botânica) pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP)campus Botucatu – SP
Trabalha com taxonomia e sistemática de Leguminosae (Papilionoideae) com ênfase no gênero Nissolia Jacq.


1)       Do que se trata sua pesquisa:

Um estudo taxonômico para o gênero Nissolia Jacq. (Leguminosae, Papilionoideae).

2)       Como é a rotina do mestrado/doutorado pra você?
Estabeleci uma carga horária de trabalho semanal de 40h, sendo no laboratório e/ou em casa. Tento estabelecer uma rotina de estudos contínua. Confesso que por “n” fatores nem sempre funciona.

3)       Além de assistir aulas, o que você faz?
Os créditos em disciplina e os complementares foram todos cumpridos no primeiro semestre. Portanto tenho me dedicado à coleta de dados, ao estudo da língua inglesa e a produção de artigos/dissertação.

4)       O que significa ter uma bolsa pra você?
A bolsa é essencial para minha permanência no mestrado, pois é a minha única fonte de renda.

5)       Para ou por que que você escolheu fazer mestrado/doutorado?
Gostaria de contribuir com a ciência de alguma forma e vi no mestrado essa possibilidade. Claro que a titulação e a qualificação também são um fator importante nessa decisão.

6)       Existe muita pressão?
A pressão é contínua e de formas variadas. Em minha orientação/co-orientação eu sou muito privilegiada pois existe uma relação de respeito mútuo e a pressão é dentro do esperado. Porém quando se trata do programa, como um todo, a pressão por produção tende a ser maior. O fato da ciência no Brasil ainda ser desvalorizada e pouco conhecida contribui para uma certa pressão da família e até mesmo da sociedade. E, claro a própria autocobrança.

7)       O que mais te chateia no mestrado/doutorado?
A falsa ideia de que alunos que estão na academia já são capacitados e suficientemente independentes, dessa forma a cobrança é direcionada ao produto final (nº de publicações) e não ao processo (aprendizado). Levando os alunos a se enxergarem como números e porcentagens e não como pesquisadores de fato.

8)       Em que sua pesquisa é útil para a sociedade?
   Estudos taxonômicos de grupos de plantas são de extrema importância, pois contribuem para identificação de forma precisa e correta das espécies. Os resultados, certamente serão úteis para taxonomistas, coletores de plantas e toda pessoa que se interesse pela flora em geral. Problemas e erros na identificação de espécimes proporcionam distorções nas coleções dos herbários que, por sua vez, representam relevante fonte de dados morfológicos e fitogeográficos, com consequente prejuízo para o desenvolvimento de pesquisas na área ou em áreas correlatas.


E este é o relato de mais uma pesquisadora! 
Até a próxima,
abraços literários, 

Denise Dias.




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