Este é o 10º livro que leio em 2020. E gostaria de compartilhar algumas importantes lições que aprendi com ele.
Primeiramente, apesar de ser um livro que trata sobre política, é escrito de maneira bem leve e fácil de entender. Segundo Orwell essa foi a sua verdadeira intenção, escrever uma fábula com animais que ilustrassem o problema dos regimes totalitários na experiência humana. Ele conta no prefácio que certa vez viu um menino com um cavalo, e pensou que o cavalo poderia muito bem se rebelar se assim o desejasse, pois é um animal muito mais forte do que um menino, mas ainda assim se mantém refém da vontade do menino. Orwell conta que ao pensar nisso, lhe veio a mente que o cavalo poderia facilmente representar o proletariado, sob o jugo de um regime totalitário, a partir disso se propôs a escrever a obra.
O livro é bem curto (112 páginas) e conta a história da Granja do Solar, que era uma propriedade do sr. Jones, mas que graças a um discurso inspirador de um porco, teve seu destino alterado, pois o porco (Velho Major - representando Marx) conseguiu inflamar a todos os outros animais com seu discurso imponente sobre igualdade entre os animais, a chama foi acesa, e a partir desse momento nasceu a Revolução.
Contudo, o Velho Major morreu antes de vê-la, e assumiu o poder outro porco em seu lugar, em prol dos seus ideais, chamado Bola de Neve (representando Trotsky). Tudo aparentemente estava indo muito bem na Granja dos Bichos (o novo nome escolhido pelos animais). Haviam conseguido expulsar o sr. Jones e estavam cooperando unidos para o bem comum. Todos os animais eram iguais. No entanto, acontece que um outro porco (Napoleão- representante de Stálin) dá um calote em Bola de Neve, e assume o poder. Durante o governo de Napoleão os animais são enganados, mas não se questionam sobre o engano, aceitam com facilidade qualquer "verdade" imposta pelo regime. Aos poucos, as coisas vão se alterando e a qualidade de vida diminuindo, mas os representantes de Napoleão negam e propagam outra narrativa sobre a realidade dos fatos. Dessa maneira, o livro ilustra perfeitamente o quanto os regimes totalitários são belos no discurso, mas ineficientes na prática. Ao final do livro, há uma cena marcante, onde Napoleão se une aos outros humanos que antes combatia, propondo uma aliança entre eles. E os animais que os observavam de longe não podiam reconhecer mais quem era homem e quem era porco. Numa analogia do encontro entre Stalin, Roosevelt e Curchill, líderes que se diziam opostos, mas que se propuseram cooperar no pós-guerra...
Primeiramente, apesar de ser um livro que trata sobre política, é escrito de maneira bem leve e fácil de entender. Segundo Orwell essa foi a sua verdadeira intenção, escrever uma fábula com animais que ilustrassem o problema dos regimes totalitários na experiência humana. Ele conta no prefácio que certa vez viu um menino com um cavalo, e pensou que o cavalo poderia muito bem se rebelar se assim o desejasse, pois é um animal muito mais forte do que um menino, mas ainda assim se mantém refém da vontade do menino. Orwell conta que ao pensar nisso, lhe veio a mente que o cavalo poderia facilmente representar o proletariado, sob o jugo de um regime totalitário, a partir disso se propôs a escrever a obra.
O livro é bem curto (112 páginas) e conta a história da Granja do Solar, que era uma propriedade do sr. Jones, mas que graças a um discurso inspirador de um porco, teve seu destino alterado, pois o porco (Velho Major - representando Marx) conseguiu inflamar a todos os outros animais com seu discurso imponente sobre igualdade entre os animais, a chama foi acesa, e a partir desse momento nasceu a Revolução.
Contudo, o Velho Major morreu antes de vê-la, e assumiu o poder outro porco em seu lugar, em prol dos seus ideais, chamado Bola de Neve (representando Trotsky). Tudo aparentemente estava indo muito bem na Granja dos Bichos (o novo nome escolhido pelos animais). Haviam conseguido expulsar o sr. Jones e estavam cooperando unidos para o bem comum. Todos os animais eram iguais. No entanto, acontece que um outro porco (Napoleão- representante de Stálin) dá um calote em Bola de Neve, e assume o poder. Durante o governo de Napoleão os animais são enganados, mas não se questionam sobre o engano, aceitam com facilidade qualquer "verdade" imposta pelo regime. Aos poucos, as coisas vão se alterando e a qualidade de vida diminuindo, mas os representantes de Napoleão negam e propagam outra narrativa sobre a realidade dos fatos. Dessa maneira, o livro ilustra perfeitamente o quanto os regimes totalitários são belos no discurso, mas ineficientes na prática. Ao final do livro, há uma cena marcante, onde Napoleão se une aos outros humanos que antes combatia, propondo uma aliança entre eles. E os animais que os observavam de longe não podiam reconhecer mais quem era homem e quem era porco. Numa analogia do encontro entre Stalin, Roosevelt e Curchill, líderes que se diziam opostos, mas que se propuseram cooperar no pós-guerra...
"O que o romance na verdade nos diz, com seus amenos empréstimos de Swif e Volteire, é que aqueles que renunciam à liberdade em troca de promessas de segurança acabarão sem uma nem outra." (ORWELL, 2007, p. 121)
O livro além de ilustrar esse momento de Stálin na Rússia, também provoca a refletir sobre os discursos que sustentam e mantém os últimos governantes brasileiros, eu pude visualizar Temer contra Dilma, quando Napoleão oferece Bola de Neve ao desprezo da população. Também pude visualizar nos discursos de Garganta (o porco porta voz de Napoleão) inúmeras semelhanças com os disparates da atual política brasileira, tentando remendar as palavras mal faladas e ações mal pensadas do atual presidente. Nas ovelhas e sua falta de reflexão crítica sobre o que lhes era oferecido de informação, pude ver a massa da população que segue se alimentando de notícias em redes sociais como se fossem fatos e dados incontestáveis. Na apatia de Mimosa cabe uma relação com a apatia de várias classes em relação aos problemas coletivos, porque para elas, está tudo bem, então, não querem pensar em quem não está bem. Na eloquência de Moisés (o corvo pregador) infelizmente dá para perceber o status da igreja, alcançado não por falar de Jesus e viver fielmente o evangelho, mas em contrapartida, por sua presença angariando votos em prol de uma causa "evangélica" sem evangelho, defendendo quem for para conseguir manter seu status de privilégio (e quando falo infelizmente, é porque eu sou evangélica, e me envergonho muito dessas atitudes da "igreja evangélica brasileira"). Enfim, o livro é excelente para pensar política hoje, para aprender história e perceber os entraves que existem entre um ideal e a realidade, existe um abismo entre essas duas coisas. Livro extremamente atual.
Indico com certeza!
Abraços literários,
Denise.
Olá!
ResponderExcluirNão obstante de nossa realidade o livro retrata a figura estatal de forma ampla e simples,já li ele uma vez, e confesso que foi muito enriquecedor lê-lo, é com muito carinho que deixo aqui a minha rasa compreensão em relação ao tema,para que não fique extenso,quero falar de sansão,o cavalo representa o (proletariado) com bastante força, más induzido a caminhar debaixo de uma cabeça que
o orienta , e não possui poder, é fácil enganar sansão e só lembrá-lo de que está bom como está, e que as coisas poderiam estar piores e se ele trabalhar veemente sem olhar para os lados será aposentado com grandes benefícios. concordo com também que tenho me decepcionado muito com a igreja ultimamente tem pensado só no próprio umbigo abundando de riqueza e hipocrisia.
sim... abundando de riqueza e hipocrisia...
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