Paulo Freire e eu

Pedagogia da autononia é o segundo livro que li em 2020. E nesse post, vou falar de mim junto com o livro, porque esse livro me tocou de forma muito pessoal. Muitas mudanças aconteceram na minha vida recentemente, casamento, mudança de cidade, afastei dos meus amigos e familia, e o início do doutorado. Pra quem não sabe, eu não tive descanso de uma coisa pra outra, fui terminando o ensino médio e entrando na graduação, terminando a graduação e entrando no mestrado e nem tinha terminado o mestrado e entrei no doutorado, junto com o mestrado e agora com o doutorado estou fazendo especializações online ... Então, eu me sinto muito cansada e constantemente me pego pensando em parar o doutorado porque parece que minha mente não vai aguentar mais escrever um artigo sequer...
Enfim... Ler esse livro do Freire, me trouxe esperança porque me fez lembrar do porquê eu comecei essa jornada em busca de capacitação para ser uma professora. O livro fala dos motivos que movem um ser humano nessa busca e dedicação. O livro é um abraço quente em quem está com o coração partido por não ter perspectivas de um futuro melhor na educação... Ele traz esperança porque fala da verdade que é o amor pelo educar, fala sobre as dificuldades e isso me fez ver que não estou sozinha. Me trouxe esperança de um dia fazer a diferença nesse mundo. De um dia perceber que não foi em vão toda essa luta, abdicação e solitude. Freire me fez lembrar que antes de pesquisadora, sou sonhadora. E eu tinha esquecido que eu sou. Eu tinha perdido meu rastro nessa rotina crua e vazia de quem se esquece de si mesmo... De viver e querer viver ... De quem faz as coisas no automático pra terminar logo e então não sabe o que fazer quando termina... Freire me abençoou com esse livro. Me tocou. Me trouxe esperança e com esperança me sinto alimentada para não desistir, pelo menos por hoje.


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