Conclui a leitura desse livro faz algumas semanas, mas demorei para fazer a resenha dele por conta das festas e viagens do final do ano, mas está em tempo ainda (rs).
Bom, esse livro é um charme! A editora dele é a Darkside, que pra quem não conhece, trata-se de uma editora que tudo o que se propõe a fazer fica lindo. A capa do livro é dura, e parece muuito madeira, além dos desenhos serem como carimbos a ferro mesmo, então antes de tudo, é um livro belo por fora, com selos pregados realmente, não são apenas pintura. E todo o design dele é belíssimo por dentro também.
Eeenfim, sobre o livro: é a estória de Abilene, uma menina pré adolescente que vive na década de 1930, e que consegue mostrar na prática como foi difícil pra essa população que viveu nesse período a crise de 1929. Abilene é mandada pelo seu pai para morar com um pastor numa cidade do interior do Kansas, chamada Manifest, nesse lugar que ela não entendia bem se seria provisório ou não, ela faz amigos, e acaba descobrindo embaixo do assoalho do quarto que dormia, objetos antigos de um ex hóspede do pastor que a abrigava, envolvida pelo mistério por trás daqueles objetos, se propõe a pesquisar a história deles, bem como de seu antigo dono, e consequentemente, ela acaba descobrindo muito mais que isso, ela encontra juntamente a história da própria cidade, dos habitantes e suas peculiaridades, bem como as dores que passaram durante a primeira guerra mundial. A narrativa da autora é muito envolvente e a estória de Abilene é muito linda, porque é vista pelos olhos de uma criança, que apesar de perceber toda a dor e sofrimento dos períodos que vivencia (1917 e 1929) consegue oferecer esperança, e por isso gostei tanto desse livro, pois é uma estória que me ensinou muito sobre a situação das pessoas durante a crise de 1929 e também durante a primeira guerra mundial. É acima de qualquer outro adjetivo, um livro lindo, repleto de estórias que se cruzam, que envolve muita amizade, parceria e amor de uma filha pelo seu pai. Também fala sobre o perdão, sobre a união e como tudo isso junto ajuda a enfrentar grandes crises. Eu gostei bastante e espero que essa estória também toque você que me lê.
"Eu me lembro de uma frase de um livro que li no colégio. "Não está em nenhum mapa. Os verdadeiros lugares nunca estão." Por enquanto, minha casa é onde eu e meus companheiros descansamos a cabeça à noite. E onde rezamos a Deus para acordar de manhã. Tem havido algumas conversas sobre paz. Armistício, é como eles chamam. Esperança é coisa que nenhum de nós tem tido ultimamente. Alguns homens tentam evitá-la como um resfriado forte. Outros se deixam envolver como se fosse um cobertor. Eu? Ela se esgueira silenciosamente para dentro dos meus sonhos e parece com o meu pai, com você e com a minha casa." (p.286)
Abraços literários,
Denise.
Comentários
Postar um comentário
Saber o que acha é um prazer,obrigada por sua opinião!