O livro me chamou a atenção por causa do título em primeiro lugar e depois por causa do formato em si que a autora deu para a obra, a capa do livro, bem como as folhas que se seguem são imitações de capas de caderno e folhas de caderno. O livro em si é escrito por uma menina de 10 anos, que se chama Karen, e que cria um mundo paralelo onde ela se vê como uma lobisomem. Karen conta a rotina da sua casa no livro/diário, onde a mãe está muito doente e o irmão vive cheio de romances e segredos que Karen tenta sempre descobrir. Karen ama incondicionalmente o irmão que a defende do bullying que ela sofre na escola por causa da sua classe social. Só a situação complicada da família de Karen já daria enredo para uma boa narrativa, contudo, ainda há ainda um misterioso caso de morte no prédio de Karen,um suposto suicídio de uma vizinha que ela gostava muito. Karen acredita que é a lobisomem detetive que precisa solucionar o caso, para isso, passa a procurar incansavelmente pistas e provas que pudessem ajudá-la na solução do caso. Nesse contexto, Karen retrata obras de arte em seu caderno, bem como capas de gibis de terror, tudo compondo essa obra de arte que é esse livro, pois além de abordar questões políticas como a questão do nazismo, aborda questões sociais tais como o racismo, históricos, tais como a morte de Martin Luther King e do presidente Kennedy e ainda questões atuais como o bullying na escola e preconceito.
A leitura é fluída, instigante e muito envolvente.
Referência: FERRIS, Emil. Minha coisa favorita é monstro, livro um. São Paulo: Quadrinhos na CIA, 2019.
Interessante que o bullying só acontece quando pessoas especiais saiem da roda do comum, por isso desde criança são vistas como estranhas no ninho, a visão de mundo as alcança primeiro, ocupando o lugar de uma uma infância "comum"o bullying é a munição para assinar sonhos.
ResponderExcluirMuito boa a sinopse do livro... Este não vou colocar na minha lista pois eu não gosto de narrativas em hq rsrs
ResponderExcluirMas obrigada pela dica e pela constante reflexão. O comentário acima também me permite acrescentar que, apesar de todos os pesares e das loucuras deste mundo, é libertador saber que - ao menos os bons pais - criamos crianças que saibam lidar com o diferente sem tantas estranhezas! Temos que tentar diminuir o preconceito em nós mesmos e passar isso adiante das gerações... Bora pois a tarefa não é fácil!! Bjs