Dolo eventual ou Culpa consciente?

Há muito a ser feito, dito, dormido.
Em alguns dias, é melhor sentar, tomar um chá quente, ouvir uma música calma e não falar com ninguém, porque se o fizer,  pode estragar algo que não deseja que seja estragado.
Por que será que fazemos tantas coisas que violam nosso íntimo? Digo coisas que não quero dizer, que meu ser sabe que não sou eu quem está dizendo, no entanto lá está a minha boca abrindo e fechando com aquelas nuvens de palavras que não eram para estarem ali. Se a alma vence o corpo, por que meu corpo em muitos momentos subjuga minha alma? Será que existe isso mesmo, de um estar por cima do outro, ou tudo é uma questão de harmonia, equilíbrio que eu sem querer rompo em dias ríspidos? Eu não sei. Não sei se há uma solução a ser buscada, ou algo útil para ser tirado do que intencionava ser uma crônica, e que mais uma vez acabou virando uma página de diário, pode ser que isso, esse violar do que eu verdadeiramente sou em alguns dias sirva para que eu, você, todo o mundo, não julguemos as pessoas por um único dia de convivência, porque pode acontecer de ser o tal dia da violação intra- pessoal. Preciso superar essas crises de alma, porque no dia seguinte, o medo me acorda dizendo que hora ou menos hora eu posso perder quem  definitivamente eu nunca quis perder, por aquilo que eu também nunca quis o resultado, mas  por culpa consciente assumi o risco de produzi-lo, na verdade acho que isso é dolo eventual.Ah,quanta estupidez! E como eu odeio todos esses transtornos almáticos que vazam para o mundo de fora. E o pior de tudo é que sempre fica a vontade de consertar as coisas, mas, o mas sempre chega junto, e são nessas horas que eu gostaria de abdicar das letras, interpretações para o viver seco e real.
(Que passe, que passe bem rápido...)


Cover photos

De onde tudo é muito sensível ao descontrole tempo-espaço.

Comentários

  1. Muito bom...amei!!!
    Tudo sempre passa, e coisas melhores sempre chegam!!!
    bjs flor

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  2. Olá Denise!

    Como é bom começar a semana, com uma reflexão intensa da alma em suas questões próprias. Porque somos talvez, uma confusão demorada de sentidos, emoções e palavras, em sintonia ou não com todo o resto.


    Excelente texto.


    Abraços meus!!

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